segunda-feira, 29 de abril de 2013
Pelas vítimas no Bangladesh - apelo do Papa pela dignidade dos trabalhadores
No Regina Caeli o Papa apresentou a sua solidariedade e proximidade pelas vítimas da derrocada de uma fábrica no Bangladeshg que matou 372 pessoas estando ainda cerca de 900 desaparecidas. O Santo Padre fez um forte apelo sobre este assunto:
"Neste momento desejo elevar uma oração pelas numerosas vítimas causadas pelo trágico colapso de uma fábrica em Bangladesh. Exprimo a minha solidariedade e profunda proximidade às famílias que choram pelos seus entes queridos e do profundo do meu coração elevo um forte apelo para que seja sempre tutelada a dignidade e a segurança do trabalhador."
Precisamente sobre este assunto foi ontem anunciada pelas autoridades do Bangladesh a detenção do proprietário do edifício que ruiu na semana passada, onde operavam várias fábricas têxteis, e que provocou a morte de pelo menos 372 pessoas e cerca de 900 continuam desaparecidas. Mohammed Sohel Rana, um dos dirigentes da juventude partidária da Liga Awami, no poder, foi detido pelo Batalhão de Intervenção Rápida do país quando tentava fugir para a Índia através da cidade de Benapole.
Radio Vaticano
"Neste momento desejo elevar uma oração pelas numerosas vítimas causadas pelo trágico colapso de uma fábrica em Bangladesh. Exprimo a minha solidariedade e profunda proximidade às famílias que choram pelos seus entes queridos e do profundo do meu coração elevo um forte apelo para que seja sempre tutelada a dignidade e a segurança do trabalhador."
Precisamente sobre este assunto foi ontem anunciada pelas autoridades do Bangladesh a detenção do proprietário do edifício que ruiu na semana passada, onde operavam várias fábricas têxteis, e que provocou a morte de pelo menos 372 pessoas e cerca de 900 continuam desaparecidas. Mohammed Sohel Rana, um dos dirigentes da juventude partidária da Liga Awami, no poder, foi detido pelo Batalhão de Intervenção Rápida do país quando tentava fugir para a Índia através da cidade de Benapole.
Radio Vaticano
sexta-feira, 19 de abril de 2013
terça-feira, 16 de abril de 2013
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Francisco: são muitos os mártires na Igreja vítimas de calúnia, um ato que vem de Satanás
Cidade do Vaticano (RV) - "A calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas." Foi o que afirmou o Papa Francisco na homilia da missa presidida na manhã desta segunda-feira na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, da qual participaram, entre outros, os funcionários do Serviço telefônico vaticano e do Setor internet vaticano.
O Santo Padre convidou a rezar pelos muitos mártires que hoje são falsamente acusados, perseguidos e assassinados por ódio à fé.
Estevão, o primeiro mártir da Igreja, é uma vítima da calúnia. E a calúnia é pior do que um pecado: a calúnia é uma expressão direta de Satanás.
O Papa não usou meios termos para estigmatizar um dos mais desprezíveis comportamentos humanos. A leitura dos Atos dos Apóstolos apresenta Estevão, um dos diáconos escolhidos pelos Apóstolos, que é levado ao Sinédrio por causa de seu testemunho do Evangelho, acompanhado de sinais extraordinários.
E diante do Sinédrio – lê-se no texto – aparecem "falsas testemunhas" que acusaram Estevão.
Francisco foi incisivo sobre este ponto: porque – observou – "não bastava o combate honesto, a contenda entre homens de bem", os inimigos de Estevão embocaram "o caminho da luta suja, a calúnia":
"Todos nós somos pecadores: todos. Temos pecados. Mas a calúnia é outra coisa. É claro que é um pecado, mas é outra coisa. A calúnia quer destruir a obra de Deus; a calúnia nasce de uma coisa intrinsecamente ruim: nasce do ódio. E quem faz o ódio é Satanás. A calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas, nas almas. A calúnia utiliza a mentira para seguir adiante. E não duvidemos: onde há calúnia está Satanás, ele mesmo."
Em seguida, o Papa passou da atenção para o comportamento dos acusadores para a atenção ao comportamento do acusado. Estevão, observou, não retribuiu a mentira com a mentira, "não quis seguir por aquele caminho para salvar-se. Ele olhou para o Senhor e obedeceu à lei", permanecendo na paz e na verdade de Cristo. E é o que "acontece na história da Igreja" – reiterou –, porque do primeiro mártir até hoje são numerosos os exemplos de quem testemunhou o Evangelho com extrema coragem:
"Mas o tempo dos mártires não acabou: também hoje podemos dizer, na verdade, que a Igreja tem mais mártires do que no tempo dos primeiros séculos. A Igreja tem muitos homens e mulheres que são caluniados, que são perseguidos, que são assassinados por ódio a Jesus, por ódio à fé: um é assassinado porque ensina catecismo, outro porque carrega a cruz... Hoje, em muitos países, os caluniam, os perseguem... são irmãos e irmãs nossos que hoje sofrem, neste tempo de mártires."
O nosso tempo – repetiu o Papa Francisco – "é uma época com mais mártires do que nos primeiros séculos". E uma época de "muitas turbulências espirituais" trouxe à mente do Pontífice a imagem de um antigo ícone russo: o ícone de Nossa Senhora que com o seu manto cobre o povo de Deus:
"Peçamos à Virgem Maria que nos proteja, e nos tempos de turbulência espiritual o lugar mais seguro é sob o manto de Nossa Senhora. É a mãe que cuida da Igreja. E neste tempo de mártires é ela, de certo modo, a protagonista da proteção. É a mãe. (...) Digamos a ela com fé: 'A Igreja está sob a tua proteção, ó mãe. Cuida da Igreja'." (RL)
Fonte: Radio vaticano
O Santo Padre convidou a rezar pelos muitos mártires que hoje são falsamente acusados, perseguidos e assassinados por ódio à fé.
Estevão, o primeiro mártir da Igreja, é uma vítima da calúnia. E a calúnia é pior do que um pecado: a calúnia é uma expressão direta de Satanás.
O Papa não usou meios termos para estigmatizar um dos mais desprezíveis comportamentos humanos. A leitura dos Atos dos Apóstolos apresenta Estevão, um dos diáconos escolhidos pelos Apóstolos, que é levado ao Sinédrio por causa de seu testemunho do Evangelho, acompanhado de sinais extraordinários.
E diante do Sinédrio – lê-se no texto – aparecem "falsas testemunhas" que acusaram Estevão.
Francisco foi incisivo sobre este ponto: porque – observou – "não bastava o combate honesto, a contenda entre homens de bem", os inimigos de Estevão embocaram "o caminho da luta suja, a calúnia":
"Todos nós somos pecadores: todos. Temos pecados. Mas a calúnia é outra coisa. É claro que é um pecado, mas é outra coisa. A calúnia quer destruir a obra de Deus; a calúnia nasce de uma coisa intrinsecamente ruim: nasce do ódio. E quem faz o ódio é Satanás. A calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas, nas almas. A calúnia utiliza a mentira para seguir adiante. E não duvidemos: onde há calúnia está Satanás, ele mesmo."
Em seguida, o Papa passou da atenção para o comportamento dos acusadores para a atenção ao comportamento do acusado. Estevão, observou, não retribuiu a mentira com a mentira, "não quis seguir por aquele caminho para salvar-se. Ele olhou para o Senhor e obedeceu à lei", permanecendo na paz e na verdade de Cristo. E é o que "acontece na história da Igreja" – reiterou –, porque do primeiro mártir até hoje são numerosos os exemplos de quem testemunhou o Evangelho com extrema coragem:
"Mas o tempo dos mártires não acabou: também hoje podemos dizer, na verdade, que a Igreja tem mais mártires do que no tempo dos primeiros séculos. A Igreja tem muitos homens e mulheres que são caluniados, que são perseguidos, que são assassinados por ódio a Jesus, por ódio à fé: um é assassinado porque ensina catecismo, outro porque carrega a cruz... Hoje, em muitos países, os caluniam, os perseguem... são irmãos e irmãs nossos que hoje sofrem, neste tempo de mártires."
O nosso tempo – repetiu o Papa Francisco – "é uma época com mais mártires do que nos primeiros séculos". E uma época de "muitas turbulências espirituais" trouxe à mente do Pontífice a imagem de um antigo ícone russo: o ícone de Nossa Senhora que com o seu manto cobre o povo de Deus:
"Peçamos à Virgem Maria que nos proteja, e nos tempos de turbulência espiritual o lugar mais seguro é sob o manto de Nossa Senhora. É a mãe que cuida da Igreja. E neste tempo de mártires é ela, de certo modo, a protagonista da proteção. É a mãe. (...) Digamos a ela com fé: 'A Igreja está sob a tua proteção, ó mãe. Cuida da Igreja'." (RL)
Fonte: Radio vaticano
Editorial: Sonho que se torna realidade
É verdadeiramente um sonho que se realiza, que se transforma em realidade para quem hoje constroi este evento; falo da Arquidiocese do Rio, com o seu Arcebispo Dom Orani João Tempesta, em primeiro lugar; e da CNBB, que vislumbraram a importância de um encontro como o Papa em nosso país, um país jovem, onde a juventude tem sede e fome de Deus.
Os dias se passaram e passam ainda em direção a essa grande aventura juvenil brasileira. No ano passado Bento XVI já na sua mensagem para 28ª Jornada Mundial da Juventude, que será precisamente no Rio de Janeiro, entre os dias 23 e 28 de julho de 2013, evidenciava a confiança que o Papa e a Igreja têm na juventude e apelou mais uma vez para que os jovens coloquem seus talentos o serviço do Evangelho, uma tarefa muito especial – sublinhou o Santo Padre – “para os jovens da América Latina”. Sim porque os jovens no nosso subcontinente são a maioria da população, portanto, uma força importante para a Igreja e a sociedade.
“Ide e fazei discípulos entre as nações!”, tema da Jornada, é a grande tarefa que se coloca nas mãos dos nossos jovens, os mesmos jovens, que em todos os lugares do planeta se preparam para o grande encontro no Rio.
Fotografia dessa preparação é a alegria demonstrada pela passagem dos símbolos da Jornada pelas dioceses do Brasil. Os eventos do Bote Fé já são expressão daquela fé juvenil brasileira que não fenece, mas que se deseja sempre mais e mais. De uma fé cheia de compromisso que não termina no domingo, mas que continua na segunda, terça, quarta..., enfim. É a fé do compromisso com Aquele que dá sentido à vida, Jesus Cristo.
São muitos aqueles que vêem nos nossos jovens só fogo de palha, mas o olhar dessas pessoas termina exatamente quando os jovens estão iniciando. Os jovens são um dom precioso para a sociedade. Não podemos permitir que eles se deixem vencer pelo desânimo diante das dificuldades e não se entreguem às falsas soluções, que com freqüência se apresentam como o caminho mais fácil para superar os problemas.
A presença dos jovens dentro da Igreja e da sociedade é a certeza do futuro, disse Bento XVI, de um futuro cheio de perguntas e inquietações, mas com uma certeza... Cristo não os abandona... e o convite do Beato João Paulo II torna-se então cada vez mais atual; “Não tenham medo de abrir-se a Cristo, só ele pode dar sentido às suas vidas”. E agora Papa Francisco reafirma aos jovens e a todos os cristãos: “jamais sejam homens e mulheres tristes: um cristão jamais pode sê-lo! Jamais se deixem desencorajar! E, por favor, não deixem roubar a esperança de vocês!”
Será o Cristo Redentor com seus braços abertos sobre o Rio e sobre o Brasil, o símbolo eloquente desse convite: seus braços abertos são o sinal da acolhida que o Senhor reservará a todos quantos forem até Ele.
A Jornada Mundial da Juventude, cuja contagem regressiva para nós brasileiros começou no exato momento em que Bento XVI anunciou ao mundo em Madri, em agosto de 2011 que seria o Rio de Janeiro a próxima sede do grande evento, é a resposta evidente que quando as pessoas se unem, quando os jovens se unem num ideal, podem transformar situações e eventos em algo que dá esperança e torna perceptível o que é ter fé e acreditar num Deus que é Pai e Irmão.
A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e os encoraja a procurarem a verdade, a possuírem perspectivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de verem “coisas novas”. A Jornada do Rio certamente será um olhar novo, num mundo de jovens. (Silvonei José)
Fonte: Radio Vatican
20º Enconjufra do RN - Currais Novos
FRATERNIDADE FRANCLAR CURRAIS NOVOS
Currais Novos, 11 de março de 2013
Amados irmãos e irmãs em Jesus Cristo paz e bem,
Estamos vivenciando o ano da fé e nós da fraternidade Franclar estamos convocando-os para vivenciar o XX Enconjufra do Rio Grande do Norte, que se realizara no período de 19 a 21 de abril, que terá como tema: JUVENTUDE, FRATERNIDADE, VIDA E MISSÃO. E na ocasião celebraremos o 25º Aniversário de nossa fraternidade.
O encontro terá inicio na sexta-feira dia 19 as 18:00hs na Escola Municipal Nossa Senhora com a celebração eucarística e terá o encerramento no domingo logo após o almoço. E estamos cobrando uma taxa de R$ 15,00 por pessoa para cobrirmos as despesas de alimentação e estadia.
Pedimos as fraternidades que se organizem para este momento, pois serão momentos que cada jufrista levará para sempre.
Para mais informações pedimos que entrem em contato com o secretariado:
Manoel: (84) 98143712; Ana Tereza: (84)8886-8621/(84)9966-1874; Damião: (84) 9607-2253/(84)8863-9231.
A confirmação das fraternidades é de suma importância para o bem estar do encontro. E não esqueçam, sua presença é única e insubstituível.
Um abraço fraterno de fé e paz.
Idaiane Calixto da Silva
Secretária Fraterna - Frat. FRANCLAR
domingo, 7 de abril de 2013
Papa Francisco celebra pela primeira vez na basílica de São João de Latrão, sede da cátedra de Roma
Como
ele próprio recordou ao meio-dia, na Praça de São Pedro, neste domingo à
tarde, às 17.00, o Papa Francisco deslocou-se à Catedral de Roma, a
Basílica de São João de Latrão, onde foi insediado na sua cátedra
diocese romana, numa missa na qual representantes dos diversos membros
da Igreja local lhe prestaram “obediência”.
A misericórdia e a paciência que constituem “o estilo de Deus” foram
sublinhadas pelo Papa na homilia. Como fizera já ao meio-dia, na praça
de São Pedro, Papa Francisco recordou que este segundo domingo de Páscoa
é designado “da Divina Misericórdia”…. “A misericórdia de Deus: como é
bela esta realidade da fé para a nossa vida! Como é grande e profundo o
amor de Deus por nós! É um amor que não falha, que sempre agarra a nossa
mão, nos sustenta, levanta e guia.
Evocando o Evangelho do dia, com o apóstolo Tomé que se recusa a crer em Jesus ressuscitado sem antes ver as feridas da sua crucifixão, Papa Francisco fez notar o modo paciente como Jesus reage, dando tempo a Tomé para se voltar para Ele: “Tomé acaba por reconhecer a sua própria pobreza, a sua pouca fé. «Meu Senhor e meu Deus»: com esta invocação simples mas cheia de fé, responde à paciência de Jesus. Deixa-se envolver pela misericórdia divina, vê-a à sua frente, nas feridas das mãos e dos pés, no peito aberto, e readquire a confiança: é um homem novo, já não incrédulo mas crente.”
A mesma atitude de paciência e misericórdia manifesta-a Jesus com Pedro que o renegou. E um olhar cheio de ternura o que Jesus lhe dirige… “Este é o estilo de Deus: não é impaciente como nós, que muitas vezes queremos tudo e imediatamente, mesmo quando se trata de pessoas. Deus é paciente connosco, porque nos ama; e quem ama compreende, espera, dá confiança, não abandona, não corta as pontes, sabe perdoar. Recordemo-lo na nossa vida de cristãos: Deus sempre espera por nós, mesmo quando nos afastamos! Ele nunca está longe e, se voltarmos para Ele, está pronto a abraçar-nos.”
A esta imensa paciência de Deus há-de corresponder, da nossa parte, a coragem de voltar a Ele, qualquer que seja o erro ou o pecado que desfeia a nossa vida. Em contraste com as “propostas mundanas”, optemos pelo “estilo de Jesus”, feito de ternura: “Ouvimos tantas propostas do mundo ao nosso redor; mas deixemo-nos conquistar pela proposta de Deus: a proposta d’Ele é uma carícia de amor. Para Deus, não somos números; somos importantes, antes, somos o que Ele tem de mais importante; apesar de pecadores, somos aquilo que Lhe está mais a peito.”
A concluir, como único “programa pastoral” para a “sua” diocese de Roma (e, afinal, para todo o mundo) a necessidade de nos “deixarmos envolver pela misericórdia de Deus”, para sermos nós também pacientes e misericordiosos como Ele. “Amados irmãos e irmãs, deixemo-nos envolver pela misericórdia de Deus; confiemos na sua paciência, que sempre nos dá tempo; tenhamos a coragem de voltar para sua casa, habitar nas feridas do seu amor deixando-nos amar por Ele, encontrar a sua misericórdia nos Sacramentos. Sentiremos a sua ternura, sentiremos o seu abraço, e ficaremos nós também mais capazes de misericórdia, paciência, perdão e amor”.
Ao chegar junto à porta lateral da basílica, acolhido pelo Cardeal Vigário, o Papa beijou a cruz, saudando depois as autoridades presentes e descerrando uma lápide que atribui o João Paulo II o nome da Praça de São João de Latrão. Tomando depois lugar num carro aberto, o Papa passou junto da multidão que se encontrava no exterior da basílica. No início da missa propriamente dita, após uma saudação do Cardeal vigário para a diocese de Roma, D. Agostino Vallini, o Papa Francisco, muito aplaudido, insediou-se (sentando-se) na sua sede episcopal de Roma.
A cátedra (de onde deriva a palavra catedral), embora signifique materialmente trono ou cadeira episcopal, é uma palavra utilizada em Teologia como símbolo da autoridade, atribuída em especial à sede de Roma, que preside sobre todas as outras Igrejas locais na comunidade católica. A Basílica de São João de Latrão, construída pelo imperador Constantino, é a mais antiga das quatro basílicas papais de Roma: a sua consagração, no ano 320, é celebrada anualmente no calendário litúrgico da Igreja a 9 de novembro.
Fonte: Radio Vaticano
Evocando o Evangelho do dia, com o apóstolo Tomé que se recusa a crer em Jesus ressuscitado sem antes ver as feridas da sua crucifixão, Papa Francisco fez notar o modo paciente como Jesus reage, dando tempo a Tomé para se voltar para Ele: “Tomé acaba por reconhecer a sua própria pobreza, a sua pouca fé. «Meu Senhor e meu Deus»: com esta invocação simples mas cheia de fé, responde à paciência de Jesus. Deixa-se envolver pela misericórdia divina, vê-a à sua frente, nas feridas das mãos e dos pés, no peito aberto, e readquire a confiança: é um homem novo, já não incrédulo mas crente.”
A mesma atitude de paciência e misericórdia manifesta-a Jesus com Pedro que o renegou. E um olhar cheio de ternura o que Jesus lhe dirige… “Este é o estilo de Deus: não é impaciente como nós, que muitas vezes queremos tudo e imediatamente, mesmo quando se trata de pessoas. Deus é paciente connosco, porque nos ama; e quem ama compreende, espera, dá confiança, não abandona, não corta as pontes, sabe perdoar. Recordemo-lo na nossa vida de cristãos: Deus sempre espera por nós, mesmo quando nos afastamos! Ele nunca está longe e, se voltarmos para Ele, está pronto a abraçar-nos.”
A esta imensa paciência de Deus há-de corresponder, da nossa parte, a coragem de voltar a Ele, qualquer que seja o erro ou o pecado que desfeia a nossa vida. Em contraste com as “propostas mundanas”, optemos pelo “estilo de Jesus”, feito de ternura: “Ouvimos tantas propostas do mundo ao nosso redor; mas deixemo-nos conquistar pela proposta de Deus: a proposta d’Ele é uma carícia de amor. Para Deus, não somos números; somos importantes, antes, somos o que Ele tem de mais importante; apesar de pecadores, somos aquilo que Lhe está mais a peito.”
A concluir, como único “programa pastoral” para a “sua” diocese de Roma (e, afinal, para todo o mundo) a necessidade de nos “deixarmos envolver pela misericórdia de Deus”, para sermos nós também pacientes e misericordiosos como Ele. “Amados irmãos e irmãs, deixemo-nos envolver pela misericórdia de Deus; confiemos na sua paciência, que sempre nos dá tempo; tenhamos a coragem de voltar para sua casa, habitar nas feridas do seu amor deixando-nos amar por Ele, encontrar a sua misericórdia nos Sacramentos. Sentiremos a sua ternura, sentiremos o seu abraço, e ficaremos nós também mais capazes de misericórdia, paciência, perdão e amor”.
Ao chegar junto à porta lateral da basílica, acolhido pelo Cardeal Vigário, o Papa beijou a cruz, saudando depois as autoridades presentes e descerrando uma lápide que atribui o João Paulo II o nome da Praça de São João de Latrão. Tomando depois lugar num carro aberto, o Papa passou junto da multidão que se encontrava no exterior da basílica. No início da missa propriamente dita, após uma saudação do Cardeal vigário para a diocese de Roma, D. Agostino Vallini, o Papa Francisco, muito aplaudido, insediou-se (sentando-se) na sua sede episcopal de Roma.
A cátedra (de onde deriva a palavra catedral), embora signifique materialmente trono ou cadeira episcopal, é uma palavra utilizada em Teologia como símbolo da autoridade, atribuída em especial à sede de Roma, que preside sobre todas as outras Igrejas locais na comunidade católica. A Basílica de São João de Latrão, construída pelo imperador Constantino, é a mais antiga das quatro basílicas papais de Roma: a sua consagração, no ano 320, é celebrada anualmente no calendário litúrgico da Igreja a 9 de novembro.
Fonte: Radio Vaticano
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