"Paulo e Timóteo atravessaram a Frígia e a região da
Galácia, pois o Espírito Santo os proibira de pregar a Palavra de Deus
na Ásia. Chegando perto da Mísia, eles tentaram entrar na Bitínia, mas o
Espírito de Jesus os impediu. Então atravessaram a Mísia e desceram
para Trôade. Durante a noite, Paulo teve uma visão: na sua frente,
estava de pé um macedônio que lhe suplicava: 'Vem à Macedônia e
ajuda-nos!'" (At 16,6-9).
Para chegar até lá [Macedônia], eles tinham de atravessar o mar. Então,
depois da visão que teve, Paulo partiu para anunciar a Boa Nova àquele
povo.
Meus irmãos, isso vem nos dizer o quanto precisamos ser cheios do
Espírito Santo. Paulo e Timóteo perceberam que Deus estava lhes
indicando o caminho, porque eram pessoas cheias do Espírito Santo, eram
pessoas de oração, decididas a fazer a vontade do Senhor. Então, o
Espírito os conduziu para Filipos e, para lá eles foram sem conhecer
nada, pois nunca tinham ido para aqueles lados.
Uma coisa muito bonita é que Paulo, num dia de sábado, viu
um lugar de oração à beira de um rio. Lá, ele encontrou um grupo de
mulheres e ficou em oração com elas. Elas, certamente, estranharam a
presença de homens naquele lugar. Mas foi ali que eles, a partir das
Escrituras, falaram-lhes de Jesus. Entre aquelas mulheres estava Lídia,
muito atenta e de coração aberto para receber a Palavra. Ela foi
batizada e insistiu para que Paulo ficasse em sua casa. Tendo ela muita
influência sobre as outras pessoas do lugar, Paulo teve a oportunidade
de fazer a evangelização de muitos. O apóstolo estava na Ásia Menor e o
Senhor o levou para a Europa, depois para o outro lado, na Grécia.
Estamos vindo de uma situação em que Paulo foi apedrejado pelos próprios
judeus, de tal maneira que ele parecia estar morto. Mas as perseguições
não o seguraram.
Deus não quer que desanimemos, e não podemos, realmente, desanimar.
Quando assumimos nossa vida cristã, vivemos o Cristianismo radicalmente
e, assim, começamos a trabalhar pelo Senhor – seja qual trabalho for – e
nos tornamos "inimigos do inimigo". Então, ele [o inimigo] começa a nos
perseguir. Mas não podemos desanimar, não podemos esperar que o
demônio nos deixe à vontade, porque é uma luta e ele vai armar ciladas
contra nós.
O demônio é covarde, ele é um vilão que "dá um tapa e esconde a mão",
faz-nos pensar que é o Senhor quem está fazendo isso em nós.
Quantas vezes somos injustos com Deus e nos revoltamos contra Ele,
pensando que é Ele quem nos está fazendo sofrer? Quando deixamos de ser
radicais e voltamos atrás por causa dos sofrimentos, também deixamos de
servir o Senhor. A partir daí, aquele que é ladino ataca a nossa saúde e
a de nossos familiares; ele ataca nossas finanças, causa-nos
desemprego, nos faz entrar em dívidas. Ele é covarde e faz tudo isso.
Existe, meus irmãos, minhas irmãs, este tipo de perseguição. O inimigo
quer nos derrotar. Tolos somos quando sedemos ao ataque dele.
Quantos de nós desanima na vida cristã por causa do sofrimento, das
dores! São Paulo, na Carta aos Efésios, capítulo 6, nos diz: "Não é
contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os
principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso,
contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares" (Ef 6,12).
Eles estão por aí em enorme quantidade e sabem onde nos atingir. Aquilo
que mais nos atinge – pode ser filho, marido, esposa, mãe, pessoas que
amamos muito – o inimigo usa para nos tirar do Senhor.
Hoje é um dia em que o Senhor está falando forte para mim e para você:
"Meu filho, ser cristão para valer, como todos precisamos ser, e entrar
na evangelização vai nos ocasionar perseguições, dores, sofrimentos".
Ore comigo: "Senhor, dá-nos a Sua graça. Se desanimamos, se largamos
tudo, obrigado porque tens misericórdia e estás de braços abertos para
nos acolher e perdoar os nossos pecados. Senhor, tem piedade de nossas
fraquezas, principalmente se desanimamos. Obrigado, Senhor, porque me
recebes. Eu estou voltando. São desencontros no serviço, injustiças que
me desanimam. Senhor Deus, perdoa-me. Eu quero ser cristão, quero viver a
vida cristã, quero trabalhar por Ti, sem voltar atrás. Obrigado, porque
voltei! Obrigado, porque me acolhes, abraças-me. Eu recebo este abraço e
lhe digo: Eis-me aqui, o Teu filho, a Tua filha, vou reassumir o meu
serviço por Ti".
Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova
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